Manuel Valls me lembra Tony Blair. E não só em razão de alguma vez ele mesmo citou que se sentia próximo das posições do que foi premier britânico. Agora, quando o político socialista francês nascido na Catalunha, decide tentar voltar à presidência da República, esta semelhança torna-se mais intensa.
O discurso de pôr de extenso Valls como candidato às primárias presidenciais -feito a partir da cidade de Évry – evocava a energia e a definição da primeira época do que fora o astro do New Labour. Não é simples Valls, há muita gente no Partido Socialista, que tem as mesmas aspirações que ele, e na esquerda em geral, wrc e compartimentada.
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Por que menciono a Blair passando na França? Antes de Blair, os social-democratas tinham terror de apresentar, de ordem, de segurança, de família, de mérito, de imigração e de identidades. A equipe de cabeçalho do líder trabalhista soube roubar as grandes expressões, que os conservadores haviam ficado em exclusiva, em um assunto de desânimo propiciado pelos efeitos do racismo. A operação foi tão delicada como ousado, e partia de uma idéia que -a meu parecer – não perdeu vigência: o progresso das sociedades é gerada a partir de valores que parecem opostos.
A título de exemplo: a solidariedade (fraternidade em termos históricos) é um valor oficialmente de esquerda, contudo não tem nenhum sentido se desligado de um valor como a segurança. Não sei se Valls será um novo Blair realmente. Apesar do que digam os que nunca o aceitaram, Blair foi credível durante diversos anos, e conseguiu travar os conservadores melhor do que ninguém. Se Valls quer imitá-lo, necessita se aprontar para uma corrida de fundo. A tua aposta só tomará voo se compreende mantê-la com suficiente convicção pra que não pareça um artefato sazonal, destinado somente a pescar os que duvidam entre uma ilusão invisível e um voto resignado contra Le Pen.
Andaluzia descobre-se numa latitude entre os trinta e seis e os 38º44′ N, pela zona temperada-quente da Terra, dando ao teu clima de características definidoras, como a bonança suas temperaturas e a secura de seus verões. Porém, no grande quadro instituído pelos seus limites existem grandes contrastes internos. Dessa maneira, passa-se as extensas planícies do rio Guadalquivir —ao grau do mar— pra zonas mais altas da península em Sierra Nevada.
Contrasta a secura do deserto de Tabernas com o parque natural da Serra de Grazalema, a mais chuvosa do Brasil. Mais significativo, ainda, é o trânsito de cumes nevados do Mulhacén da costa tropical de granada, a somente cinquenta km
Europa continental (cabo de Gata, 117 mm anuais). A “Andaluzia úmida” coincide com os pontos mais altos da comunidade, destacando-se de forma especial a área da serrania de Ronda e a serra de Grazalema. O vale do Guadalquivir mostra pluviosidade média. Na província de Almeria se encontra o deserto de Tabernas, o único deserto da Europa.